quarta-feira, 13 de maio de 2009

Divã (ou "a busca de cada um")




Hoje eu fui ao cinema para refrescar a cabeça.
Assisti Divã.
Já tinha lido o livro há muuuuito tempo atrás e - confesso - costumo gostar menos dos filmes quando já li o livro antes. Com Divã aconteceu exatamente o contrário... Amei o filme!


Acho que ver aquela personagem ganhar vida, mudou muito a maneira de entender o livro. Então, a frase-chave que se repete ao longo do filme e que é muito marcante - " se algum dia eu fiquei mal, não foi por falta de felicidade" - é muito boa.


Apesar de alguns clichés sobre o processo analítico, a viagem da Mercedes de "auto-conhecimento" parece um busca muito familiar. Sobretudo a conclusão final, que a resposta é justamente a falta de respostas, soa mais familiar ainda.


Os diálogos do filme são extremamente poéticos e remetem facilmente aos nossos diálogos interiores.


A falta de definições característica da vida surpreende a personagem e a nós mesmos ao longo do filme. Amar e não desejar mais. Não se sentir traído diante de uma traição. Perder e conviver com isso. O inesperado está a cada esquina a nossa espreita. E isso, que é a maravilha da vida, também é o mais assustador de tudo.
Então, fico aqui. À espera da próxima surpresa...